Meio Ambiente- Ele não precisa de nós

Essa semana nós do blog do crentassos concordamos em levantar questões sobre o meio ambiente, em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, todos concordamos na importância do tema , que vai além de sermos cristãos, mas como cidadãos que somos consciente do nosso papel na sociedade, afinal a natureza precisa de nós, de nossa ajuda para continuar a sobreviver, a existir e coexistir com nós seres humanos evoluídos, certo?

ERRADO.

Sinto (muito mais pela minha filha e pelas próximas gerações), mas a verdade é que a natureza não precisa de nós. NÓS PRECISAMOS DELA. Esse discursinho de “Salve o Planeta” ou precisamos preservar a biodiversidade, é tudo balela, o que precisamos é SALVAR A NÓS MESMOS, na verdade quando defendo o meio ambiente estou sendo egoísta, quero é mesmo poder continuar existindo. Na boa, o planeta continua existindo sem nós, como qualquer outro planeta, mesmo que vire uma grande bola inabitável, superaquecida, ele continuaria existindo.

Não pensem que estou tentando fazer terrorismo, ou querendo pagar uma de crente consciente, na verdade sempre achei esse papo ecológico muito chato, esse papinho todos juntos, cada um fazendo sua parte e bla, bla, bla, quando na verdade sei que o problema está na forma de vida que vivemos, no sistema capitalista que impõe padrãoes de vida, e se queremos realmente fazer diferença teríamos que mudar TODA nossa forma de viver e consumir que está tão enraizada em nós que me parece impraticável, afinal, eu preciso do carro pra tantas coisas que não me imagino sem ele, eu preciso de água encanada, eu preciso de energia, eu preciso dar descarga, eu preciso usar sabão, sabonete, shampoo, eu preciso jogar meu lixo em algum lugar, eu preciso de comida congelada porque não tenho tempo para cozinhar, eu preciso comprar produtos industrializados, eu preciso comprar o mais barato porque não tenho dinheiro para o orgânico, eu preciso de tantas coisas que são básicas para viver que eu sei, SIMPESMENTE NÃO DÁ PARA SER DIFERENTE.

Talvez eu use essa impossibilidade de mudar minha vida como desculpa para não fazer mais pelo planeta, a exemplo do que faço quando conheço pessoas que admiro demais que vivem sua vida pelo amor ao próximo, para viver (não falar ou escrever) cristianismo, e me desculpo que não posso ser como elas, por tantos motivos realmente legítimos que sempre me convenço que não tenho como fazer mais do que faço.

Mas em ambos os casos quando não estou tentando me desculpar, lá no fundo eu sei: NÃO FAZ DIFERENÇA, mesmo sem mim Deus vai agir e vai cumprir seu propósito, e mesmo que eu não cuide do planeta ele vai continuar aí existindo como qualquer outro planeta com ou sem vida, a grande diferença é se eu quero fazer parte disso ou não.

Quero viver para fazer parte do plano de Deus, ter o prazer de dizer que ajudei a cumprir seus planos e que minha vida teve propósito, assim como fazer o possível para preservar o meu planeta e poder dizer que fiz o possível para a futura geração que precisará dele para sobreviver.

Letícia Machado

Fonte: Crentassos

Dossiê: EU – o céu e o inferno no banheiro

Há dias atrás, tive uma madrugada terrível. Minha casa não foi arrombada, nem tampouco pegou fogo. Acordei suando frio, com febre, fui ao banheiro sem a mínima necessidade, e sentado na privada fui assaltado por memórias um tanto terríveis. Sem entender aquilo tudo, simplesmente deixei aquele momento surtir o seu efeito. Memórias vergonhosas de todos os momentos em que não mostrei Cristo a quem um dia já me vira não só uma vez, mas repetidas vezes. Serviço sujo do diabo.

Em meio a um frio desgraçado debaixo dos meus pés, e as pupilas desconfortáveis com a luz do espelho, uma sessão de imagens de rostos que já vira na vida começou a passar pela minha mente aleatoriamente, sem eu fazer o mínimo esforço. É fato: existem alguns rostos que nossa memória guarda pro resto da vida, sem a gente pedir. E não falo de rostos dos nossos pais, nem dos nossos filhos. São rostos de pessoas que não temos intimidade, mas que vimos a vida inteira no nosso cotidiano, desde a senhorinha vendedora de pipoca da rua até o vendedor ambulante dos jogos de final de campeonato brasileiro.

Sentado ali, comecei a lembrar do tempo que corria maratona, e de uma mulher andarilha que sempre se fazia presente no meu trajeto. Maratonistas costumam repetir trajetórias quando correm na cidade, tanto quanto andarilhos, e assim foi também comigo: eu sempre passava por essa mulher. Muito magra, sem longos cabelos, sempre com um gorro fininho, e uma pequena sacola na mão que parecia não haver mais que miudezas ali dentro. Seu semblante era de um “tanto faz” irrevogável. Eu sempre passava por ela e pensava: “hoje vou diminuir o passo. Só caminhar ao seu lado quem sabe. Saber de onde vem, e para onde vai.” A memória do rosto dela parecia marretear o vidro que separa o olhar da minha mente do espaço físico do banheiro.

Além dela, lembrei de vários outros rostos que passavam por mim sempre nessa trajetória. Muitos deles, vendo minha dor física, sorriam para mim como se dissessem, “Vá em frente, não desista!” Ao longe, já desviavam de mim para que eu não precisasse desviar deles. O tempo passou, a vida mudou, hoje não corro mais, o bairro onde vivo não é mais aquele bairro. E eu jamais fiz nada daquilo que desejei ter feito com aquela mulher e com todas essas pessoas: parar para ouví-las e mostrar Jesus à elas. Nunca mais as vi… Sentado ali, no banheiro, cada rosto passou mais uma vez, lentamente, sorrindo, como num filme de 35mm em minha mente. E ali foi como se o diabo jogasse na minha cara o dossiê da minha própria indiferença.

Não consegui segurar as lágrimas e sem saber muito o que pensar, exclamei uma só oração: “Tem misericórida de mim Pai…” No exato instante, foi como se o próprio Deus intervisse: “Basta. Retira-te”. Depois disso, retornei ao quarto. A minha oração é que Deus possa ser o autor do dossiê das nossas vidas.Que nele haja fotos de todos aqueles que amamos. E que o diabo não tenha o mínimo direito no juízo final, de jogar na nossa cara os rostos que vimos a vida inteira, de gente que Ele amou, mas que nós nunca nos importamos de amá-las.

Caio Stolf

Via: Crentassos

O que é ser Cristão?

No final de semana que passou estava no pequeno grupo que faço parte e estávamos conversando sobre O QUE É SER CRISTÃO?

Acho que se levantarmos essa pergunta nas igrejas teremos várias respostas:
– Ir a igreja pelo menos uma vez por semana
– Ser batizado nas águas e com o Espírito Santo
– Orar pelo menos tantas vezes por dia
– Ler a Bíblia
( se você lembrar de mais alguma resposta a essa pergunta que você já ouviu por aí, pode deixar nos comentários 😉 )

Concordo que as atitudes citadas aí em cima são importantes, mas pelo que eu entendendo, elas não são o grande X da questão do cristianismo. Vou me explicar melhor…

Olhando o dicionário vemos o seguinte significado para CRISTÃO:

1. Que professa o cristianismo ou lhe é relativo.
s. m.
2. Aquele que professa a religião de Cristo.

Vendo essas definições, a que conclusão podemos chegar? Que cristão é aquele que é imitador de Cristo, como dizem por aí o cristão é um pequeno Cristo. Ou seja, o cristão deve imitar as atitudes de Cristo. E quais eram essas atitudes?

Acho que podemos definir em uma palavra o que Cristo essas atitudes: AMAR, Ele amava, amava e amava. Ele via o que as pessoas tinham de melhor, Ele não julgava ou reprimia, o máximo que Ele fazia era dar conselhos.

As únicas passagens que vemos Jesus fazendo algo diferente disso são as que os fariseus são citados, pois como o próprio Jesus disse eles eram hipócritas, se achavam melhores do que todos, digo até que se achavam semi-deuses (hmmm, será que hoje em dia a gente vê isso por aí?! rs).

Mas voltando ao assunto do AMOR, em João 13:34 temos a definição de como devemos amar:

“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.”

Você já parou pra pensar o que é “como vos amei”? Jesus se entregou na cruz em nosso lugar, se entregou pelos nossos pecados, conhecia todos eles, sabia tudo o que a humanidade seria capaz de fazer e mesmo assim se entregou, não julgou ninguém, mas se entregou para que pudéssemos ser livres e termos livre acesso a Deus. E além de tudo isso nos deu a opção de aceitá-Lo ou não.

Será que no nosso dia a dia temos amado dessa forma? Será que temos se quer amado?

Por hoje vou ficando por aqui, mas amanhã vou continuar o tema!

Fiquem com Deus

Júlia

Marcha pra Jesus 2011

Mais um evento onde os evangélicos, ou pelo menos aqueles que assim se proclamam, saem pelas ruas de suas cidades proclamando a Jesus como Senhor da cidade, salvação para os cidadãos, esperança para um mundo melhor com Jesus.

Segundo a Santa Madre Wikipédia, a Marcha para Jesus é um evento internacional e interdenominacional (ou seja, realizados conjuntamente por diversas denominações evangélicas) que ocorre anualmente em milhares de cidades do mundo. Entre 1994 e 2000 foi realizada como um evento global, ocorrendo em cerca de 170 países na mesma data.

A primeira Marcha para Jesus aconteceu em 1987 na cidade de Londres, no (Reino Unido), chamada de “City March”, foi criada pelo pastor Roger Forster, da Ichthus Christian Fellowship, pelo cantor e compositor Graham Kendrick, Gerald Coates do movimento Pioneer e Lynn Green, de Youth with a Mission. A expectativa inicial de 5 mil pessoas foi largamente superada pela presença de 15 mil participantes, motivando a realização de um novo evento.
Em 1990, a Marcha já havia se espalhado por 49 cidades em todo o Reino Unido e também em Belfast (capital da Irlanda do Norte), onde 6 mil católicos e protestantes se reuniram. A estimativa foi de cerca de 200 mil religiosos participando do evento. A Marcha logo se expandiu para os demais continentes. No ano de 1993 o evento foi realizado pela primeira vez no Brasil.

Em 1994 foi realizada a primeira versão global do evento, alcançando 170 países e com a presença de 10 milhões de participantes. A última versão global da “marcha” aconteceu em 10 de junho de 2000. Desde então, o grupo organizador original se dispersou e a organização do evento tem ocorrido por parte de iniciativas locais distintas .

No Brasil
O evento chegou ao Brasil, através da iniciativa de lideranças evangélicas, principalmente da Igreja Renascer em Cristo e de outras igrejas neopentecostais, apoiada também por igrejas tradicionais e pentecostais.

A maior das Marchas para Jesus é realizada na cidade de São Paulo e reúne anualmente milhões de pessoas. Além desta, centenas de cidades pelo mundo e no Brasil, incluindo as principais capitais do país, possuem a sua edição do evento.

Fazendo parte do calendário oficial de diversas cidades, a Marcha para Jesus conta com a participação de trios elétricos de diversas comunidades e igrejas cristãs, envolvendo diversas denominações. Em setembro de 2009 o presidente Lula sancionou lei que transformou a data da Marcha para Jesus. Por força desta lei a Marcha passa a ser comemorada anualmente no sábado seguinte ao 60º dia após o domingo de Páscoa.

A minha pergunta é, para que serve a Marcha para Jesus? Qual o seu propósito? A que ela veio?

São perguntas que possuem muitas respostas.

Existem aqueles que dizem que ela possui embasamento bíblico, tentando justificar algo que na minha opinião, cai naquilo que o mano Gustavo postou aqui sobre usar a Bíblia para se justificar.

Li no blog de um pastor (melhor não citar nomes) que os textos que dão legalidade para tal evento seriam Êxodo 14, Josué 6 e João 13:35: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. Mas então o fato de caminharmos na rua é demonstração de amor e comunhão? Pra mim comunhão tem outra conotação. Tem haver com caminhar diariamente, conhecer, repartir o pão, se importar.

Infelizmente o que mais vejo são lutas com unhas e dentes por “suas” visões de Evangelho, de salvação, etc.

Mas também existem aqueles que cerram seus dentes e levantam suas bandeiras do contra. Rechaçando qualquer manifestação exterior como se algo completamente anti-bíblico, do capeta, etc.

A verdade é que a Marcha poderia ter uma conotação mais profunda e nobre ao invés de ser usada para palanque político e interesseiro.

Bem, antes que o Mauro (vê se pára de trollar como anônimo tá!) me detone, quero dizer que não tenho nada contra quem vai lá, eu já fui. Aliás creio que posso usar a Marcha para mostrar para meus filhos que, como povo de Deus, podemos caminhar em unidade apesar das doutrinas e visões que nos separam.

Mas também tenho que ensinar a eles que infelizmente existem pessoas que usam esses eventos para se auto promoverem.

Pessoas com interesses alheios aos ensinamentos de Jesus e onde o amor é deixado de lado em prol da projeção política e glamorosa que se dá a eles. Mas quero crer que são poucos lobos no meio do rebanho que fazem isso.
Embora pareça utópico, mas ainda creio que a marcha poderia ser apenas uma desculpa para nos reunirmos publicamente para demandar ações de justiça nos nossos bairros, na cidade, na Assembléia Legislativa, na Prefeitura Municipal, nas nossas denominações (Ah sim, precisamos limpar nossos templos de toda mentira também, ou você acha que não existe isso?).

Se você vai, então te digo, vá até lá e mostre sua cara.

Diga NÃO a corrupção, a ganância, a mentira de crentes e não crentes. DIGA que o $how precisa parar dentro e fora dos ambientes evangélicos. DIGA que precisamos voltar ao Evangelho puro e simples de Jesus, onde a marcha teria outro significado.

Se o tema desse ano é a UNIDADE, então não leve bandeiras de sua denominação, camisetas que dizem que vocês são de A ou B. Seja uníssono pela menos desta vez e diga que você serve a um único Pastor, Senhor e Salvador, dentro de apenas UMA única e verdadeira Igreja. E assim meu irmão, você será verdadeiramente integrante dessa tão desejada unidade da Igreja, tão mal interpretada e buscada.

Soli Deo Gloria

Via: Crentassos

Um pára-brisa estilhaçado

Uns dias atrás, eu estava dirigindo em uma auto-estrada quando o caminhão da frente fez com que uma pedrinha voasse e pegasse no pára-brisa do meu carro e fez um pequeno buraquinho no vidro. Quando ouvi o barulho tomei um susto, mas logo vi que não passava de um pequeno buraquinho, quase nada.

O problema é que de um buraquinho se tornou uma rachadura e, com o tempo só foi aumentando.

É interessante que o vidro não estilhaçou em cima de mim. Ele foi feito para, mesmo quebrado em várias partes, ficar preso um no outro. Mas eu já vi antes o que acontece com os pára-brisas rachados. Com o tempo, eles ficam em pequenos fragmentos de vidro, até chegar o ponto onde caem por completo. Como um pedaço inteiro!

Tenho a impressão de que algum caminhão jogou uma pedrinha uns 30 anos atrás no pára-brisa de nós, evangélicos no Brasil.

Desde a reforma, nós protestantes temos como característica as divergências de interpretação entre uns e outros. Acredito que isso aconteça pelo fato de termos livre acesso às escrituras.

Mas, nos últimos anos, confundimos o livre exame das escrituras com a livre interpretação das escrituras. E o que é pior, caímos em uma igreja com líderes personalistas, uma igreja não mais centralizada na palavra, mas nos líderes, pastores, bispos e apóstolos.

Nas últimas décadas novas igrejas estão brotando como ervas daninhas no Brasil. Os desavisados logo falariam um ALELUIA bem forte e dariam um sorriso por estarem presenciando o avivamento tão esperado.

Mas, infelizmente, não é esse o nosso caso. Quando vamos observar, o surgimento das novas igrejas, em sua grande parte, é fruto de divisões de líderes cegados por sua vontade e seus sonhos e que não conseguiram permanecer em uma igreja na qual eles não estavam no controle.

Esse movimento gerou igrejas, de certa forma, mais contextualizadas aos nossos dias, mas por outro lado, igrejas cercadas por líderes com mega egos, que tratam as igrejas que fundaram como se fossem deles, se colocando no lugar do Espírito de Deus.

Alguns, na década de 70 e 80, podiam até dizer que era um pequeno movimento paralelo a instituição eclesiástica, algo insignificante como uma pequena rachadura, mas vemos que depois de algumas décadas a igreja evangélica brasileira se fragmentou por completo em pequenos pedaços que se romperam um dos outros há tempos, mas que ainda não estilhaçou.

Hoje, falar em uma representatividade dos evangélicos brasileiros perante as autoridades e órgãos de comunicação é motivo de piada.Existem centenas de pastores que só representam os seus próprios impérios, os seus reininhos.

O grande problema é que se continuarmos dessa forma, assim como o meu pára-brisa, a igreja brasileira vai chegar ao seu limite de fragmentação e desunião, aí ela cairá por inteiro!

Deus tenha misericórdia de nós.

Via: Marcos Botelho