Deus ou Gênio da Lâmpada?

Fonte: Hermes C. Fernandes

Sem perdão não existe amanhã

Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.

Em mais de vinte anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.

Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.

Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.

Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.

Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo, pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas.

Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme, e o final não foi nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e bem diferente é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.

Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa. Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se (re)aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.

Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis, e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.

Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho. Mas já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não têm outra alternativa senão retribuir amando. As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar. Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo. O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. Sem perdão não existe amanhã.

Via: Ed René Kivitz

Seja quem Deus quis que você fosse e você irá inflamar o mundo

Quando aconteceu o casamento do Príncipe William e da Catherine Middleton, fiquei encantada com a pregação do Arcebispo William Mikler na ocasião, mas nunca pensei que encontraria ela inteira em minhas andanças pela internet.

Porém dando uma navegada enquanto o Lucas trabalhava encontrei =) Então, em clima de dia dos namorados, segue abaixo a mensagem, traduzida pelo Danilo Fernandes do Blog Genizah.

Assim disse Santa Catarina de Siena, cujo dia o festivo se comemora hoje. O casamento deve ser o caminho no qual o homem e a mulher se ajudam mutualmente a ser aquilo que o Senhor planejou para cada um, na expressão mais profunda e verdadeira do ser.

Muitos vivem temerosos pelas perspectivas futuras deste nosso mundo, mas a mensagem desta celebração para o país e para além das nossas fronteiras é a correta. Este é um dia de alegria! E é muito bom que as pessoas de todos os continentes possam compartilhar da alegria destas celebrações, pois este é, como todos os casamentos deveriam ser, um dia de esperança.

De certo modo, todo o casamento é um casamento real, onde a noiva e o noivo, como rei e rainha da criação, constroem juntos uma nova vida, para que através deles, a vida possa fluir para o futuro.

William e Catherine, vocês escolheram se casar na presença de um Deus generoso que amou o mundo de tal maneira que Se deu a nós na pessoa de Jesus Cristo.

E, no Espírito deste Deus generoso, marido e mulher estão prontos a se darem um ao outro.

Nossa existência espiritual evolui à medida que o amor encontra seu centro para além de nós mesmos.

Relacionamentos baseados no compromisso e na fé abrem uma porta para o mistério da vida espiritual, na qual descobrimos o seguinte:

Quanto mais doamos de nós mesmos, mais enriquecemos a nossa alma, mais nos superamos em amor, mais nos tornamos nosso verdadeiro ser e a nossa beleza espiritual é revelada por inteiro.

No casamento, procuramos levar, um ao outro, a uma vida mais plena. Claro que é muito difícil se afastar do egocentrismo. Podemos até sonhar em fazer isto, mas este desejo jamais será atendido, sem que haja uma decisão solene, não importando quais sejam as dificuldades, estaremos comprometidos com o caminho do amor generoso.

Vocês tomaram a sua decisão hoje – “Eu aceito” – e, ao iniciar este novo relacionamento, vocês se alinharam com o que acreditamos ser o caminho pelo qual a vida evolui espiritualmente e que conduzirá a raça humana a um futuro fecundo. Nós contemplamos à frente um século repleto de promessas e também de ameaças. A humanidade confronta a questão do uso sábio do poder que nos foi dado através das descobertas do último século.

Que o nosso engajamento com as oportunidades do futuro não se traduzam meramente na busca por mais conhecimento, se não antes pelo aumento da sabedoria amorosa e a reverência pela vida, pelo planeta e pelo próximo.

O casamento transforma, na medida em que marido e mulher fazem do outro a sua obra prima. A transformação é possível, desde que refreemos as nossas ambições para mudar o nosso parceiro. Se o Espírito flui, não deve haver coerção; cada qual dá ao outro espaço e liberdade. Chaucer, o poeta londrino, resume isto precisamente em uma frase (1):

Quando a preponderância entra, o deus do amor logo Bate as suas asas e adeus, ele se foi.

Á medida em que a existência de Deus se desvanece de tantas vidas no Ocidente, assistimos, em contrapartida, o aumento das expectativas colocadas sobre as relações pessoais e destas serem capazes, sozinhas, de proporcionar felicidade e sentido à vida.

Isto é depositar um fardo muito grande sobre os ombros de nossos conjugues. Nós somos todos incompletos: Nós todos precisamos do amor que é segurança, em vez de opressão. Precisamos nos perdoar mutuamente para florescer.

Na medida em que nos movemos na direção de nosso parceiro no amor, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, o Espírito Santo é vivificado em nós preenchendo nossas vidas com luz. Isso conduz a uma vida familiar oferecendo as melhores condições para próxima geração receber e trocar os presentes capazes de superar o medo e a divisão e nutrir o mundo vindouro do Espírito, cujos frutos são o amor e alegria e a paz.

Eu oro para que todos nós, aqui presentes, e os muitos milhões que estão nos assistindo hoje, compartilhando da alegria da nossa celebração, façam tudo ao seu alcance para apoiá-los e sustentá-los em sua nova vida. E peço a Deus que vos abençoe, neste caminho de vida que vocês escolheram. Caminho este, expresso na oração que ambos fizeram em preparação a este dia:

Deus, nosso pai, nós Lhe agradecemos por nossas famílias; pelo amor que partilhamos e pela alegria de nosso casamento. Mantenha na ordem de cada um de nossos dias, nossos olhos fixados naquilo que é verdadeiramente importante na vida e nos ajude a sermos generosos com o nosso tempo, amor e energia. Reforçados pela nossa União, ajuda-nos a servir e consolar aqueles que sofrem. A Isto Te pedimos, no Espírito de Jesus Cristo. Amém.

Fonte: Blog Genizah

Que Deus abençoe vcs, minha oração é para que cada um que nos visita e está a nossa volta possa ter a felicidade de um casamento abençoado em sua vida! Não há nada melhor!!

Com Carinho

Júlia

A estrela que ninguém vê!

Há quem ame os holofotes e seu brilho! Coisa de gente! Somos assim mesmo! Esperamos arfantes o reconhecimento do homem e um afago no ego! Já fui assim também! Quis os holofotes, achei que esses eram benignos, mas fui aprendendo com o tempo que quem deseja os holofotes deve entender que o brilho deles por sí só pode trazer algumas queimaduras.

Entendi que pra brilhar, não é preciso aparecer. A prova disso é que, ainda que o céu esteja nublado, e que você não possa ver as estrelas, elas continuam lá brilhando. Quem brilha, deve brilhar pra Deus! Quem quer brilhar pros homens, mais cedo ou mais tarde sentirá o peso da ingratidão e do desprezo. A mesma mão que te aplaude hoje, é a mão que aperta o gatilho amanhã.

Entendi também que homens que brilharam para Deus, foram rejeitados pelos homens de sua geração. João Batista, homem que o próprio Jesus avalizou dizendo que “dentre os nascidos de mulher, não haveria ninguém como João Batista. Gente como Paulo o apóstolo que era “persona non grata” em muitas sinagogas a ponto de Eusébio de Cesaréia relatar em um de seus tratados que quando a morte de Paulo chegou a uma sinagoga famosa, o sacerdote da mesma exclamou: “Graças a Deus que levou aquele arrogante que chamava pra si atenção e que batia nos púlpitos de forma deselegante.”

Que possamos entender que nosso brilho resplandecerá mesmo entre as mais sombrias nuvens e o mais denso nevoeiro, porque Deus não enxerga como enxerga o homem, mas enxerga além de toda e qualquer barreira que se oponha entre Ele e os seres humanos.

E no mais, tudo na mais santa paz!

Fonte: Pastor Márcio de Souza

Palavras pelas quais vale a pena morrer

Hoje temos aqui no blog um post especial! Quem escreveu foi um amigo muito querido: o Dave – diretamente dos Estados Unidos! Ele é americano e está aprendendo português, mas mesmo assim ele fez questão de escrever o post todinho em português! Dave, ficamos muito tocados pelo seu esforço em escrever o post! Fizemos alguns ajustes, mas tentamos deixar da forma como você escreveu 😉

Muitas vezes ao longo da vida ouvimos palavras que nos acompanham pelo resto da vida. Essas palavras saem dos lábios de pessoas abençoadas e são repletas de sabedoria. Muitas vezes elas vêem de quem menos esperamos, porém são cheias da verdade de Deus.

Eu me lembro justamente de palavras ditas pela minha avó alguns anos antes de sua morte. Naquele dia ela me disse que sua sogra foi a pessoa que ela conheceu mais parecida com um anjo, ela amava a todos, conhecia muito bem a Bíblia, tinha vários versículos decorados, amava o próximo como ninguém, vivia sem orgulho e se sacrificando para obedecer Deus e Sua Palavra. Ela cria na salvação por meio da graça de Deus, e cultivava os frutos do Espírito Santo em seu coração e amava tanto o Senhor Jesus que só de alguém mencionar o nome do Senhor ela se emocionava.

Para continuar o post, há uma canção que me encanta muito chamada “Hallelujah what a saviour”, que é uma canção que fala dos pontos mais importantes do ministério de Cristo: o nascimento dEle, a vida sem pecado, a morte na cruz que pagou o preço da nossa redenção, o fato de que Cristo é Deus em forma humana e as boas novas de Sua volta, a verdade da ressurreição dos mortos e outras coisas. É o tipo de música que engrandece a glória de Deus! Com certeza, os corações dos cristãos se enchem da glória de Deus quando ouvem uma canção como essa.

Voltando a história da minha avó, ela me disse que nos últimos dias de vida de sua sogra, muitos familiares e amigos estavam presentes ao seu redor.

Como sabemos, normalmente quando as pessoas estão de cama em seus últimos dias, elas costumam estar muito doentes e por isso tomam medicações que servem para aliviar a sua dor, mas esse não foi o caso da sogra da minha avó.

Quando chegou o momento de sua viagem para o céu, ela olhou nos olhos dos membros da família e sorriu com paz e disse: “Que salvador!!!!!!!” antes de fechar os olhos e partir para os braços de Jesus. Foi um momento tão poderoso que quem estava presente não conseguiu se controlar e todos começaram a chorar. Todos sabiam bem que quando ela fechou os olhos sem dúvida alguma ela entrou na presença de Deus, sua vida valeu a pena! E sem dúvida esse testemunho alegra meu coração ao pensar o que  espera por nós cristãos no porvir.

Por Dave Bossenberger