Construa com Sabedoria

Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
“Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você”.

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.

Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.

Você é o carpinteiro.
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
Alguém disse que “A vida é um projeto que você mesmo constrói”.
Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanhã.

Construa com Sabedoria!

Autor: Pr. Valtair Freitas



Seus olhos são bons ou maus?

“Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” Mateus 6:22-23

Nesses últimos dias aconteceram algumas situações que me fizeram meditar sobre essa passagem… E fiquei pensando, que toda vez que ouvi menção sobre esses versículos, sempre ouvi falando a respeito de ter bons olhos com relação ao próximo, que não devemos olhar com maus olhos, que não devemos julgar e etc.
Concordo plenamente, mas pensei numa outra interpretação para esta passagem e hoje vou dividir com vocês!

Quantas vezes passamos por situações em nossa vida em que tendemos a olhar a situação ou como “Ai que ótima!” ou como “Ai que péssima!”!? Normalmente o ser humano, tem a tendência de olhar as coisas no geral como 8 ou 80, dificilmente ao se deparar com uma situação a pessoa olha para todos os aspectos do que está acontecendo, tentando extrair da situação em questão um pouco que seja de coisa boa para sua vida e se focando nisso.

Sabe, hoje em dia vemos por ai muitas campanhas para as pessoas se revoltarem com as situações em que estão vivendo e até certo ponto, acho que pode ser válido, pois gera o que chamamos na Psicologia de eustress, que é um stress positivo e que motiva a pessoa, mas por outro lado, vejo essas campanhas com um olhar meio ressabiado, pois acho que motiva as pessoas a serem um tanto quanto negativistas, nada está bom, tudo precisa mudar, e quando muda ainda precisa mudar mais e a pessoa vai se tornando um pouco amargurada.

Acho que no versículo que coloquei acima podemos ver um toque de Deus para nós para olharmos não só as pessoas com bons olhos, mas a vida! Tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, depende dos olhos de quem vê. Quer ver um exemplo? Quando me casei aos 19 anos! O que eu ouvi de gente falando que casamento era um horror, não ta escrito!!! Mas hoje, três anos depois posso dizer que foi a melhor coisa que fizemos depois de aceitar a Cristo! E tem tantos outros exemplos… Você entra numa empresa nova e sempre vai ter alguém pra falar mal do chefe, do colega, da empresa…. Na igreja também vai ter isso… Enfim em tudo! E as vezes a gente mesmo, acontece alguma coisa como perder um emprego, uma doença, ou até coisas mais simples como rasgar uma roupa, quebrar uma louça… Nisso tudo a gente tende a mandar um “Tá amarrado!” (RS) dependendo da denominação da pessoa ou algo do gênero.

Precisamos nos lembrar mais de que a partir do momento que entregamos nossa vida a Deus, o diabo não tem mais autoridade sobre nós, e como a Bíblia não é mentirosa TUDO coopera para o nosso bem! Porém, se tivermos maus olhos, e acharmos o lado negativo de tudo, aquilo que podia ser algo bom futuramente acaba não sendo e como está escrito, dentro de nós a nossa luz se tornará e trevas por conta de tanto negativismo e por conta de darmos ouvido as investidas do diabo querendo roubar nossa alegria.

Com Carinho

Que Deus abençoe a todos

Júlia

Penso, logo duvido!

Certo dia um recruta recém chegado ao quartel estava sentado em um banco esperando o sargento e quando o sargento o vê imediatamente dá uma bronca nele e manda prendê-lo. Sem entender ele pergunta qual a acusação e lhe respondem que naquele quartel existe uma regra que qualquer um que sente naquele banco deveria ser punido com dois dias de prisão. Aquilo não lhe fez o menor sentido e ele caiu no “erro” de perguntar o porque.

O sargento não fazia a menor idéia, mas não queria perder a pose e afirma em tom autoritário:
– Ordens são ordens recruta, será acrescentado 1 dia a sua pena pela insubordinação.

Sem conseguir tirar da cabeça o quão absurda era aquela regra pelo qual foi punido resolveu perguntar ao tenente que também não fazia a menor idéia do porque e responde:

– Não cabe a um recruta questionar as regras se insistir nisso passará mais três dias na prisão para aprender a obedecer!

Mesmo assim insistiu na história e foi perguntando aos superiores até que finalmente ele se encontra com o coronel no pátio. Ele se enche de coragem e decide perguntar, afinal o homem mais antigo do quartel deveria saber o porque.

– Senhor, respeitosamente, gostaria de lhe perguntar. Por que a regra de ser punido com dois dias de prisão por sentar em um simples banco?
– Que banco? – perguntou o coronel
– Aquele senhor. – respondeu o recruta apontando para onde ocorreu a cena

O coronel parou um instante com cara de pensante e disse:
– Ah! Há muito tempo atrás quando eu era soldado aquele banco tinha que ser pintado, mas toda vez que pintavam alguém estragava a pintura sentando no banco. Então o capitão decretou que se alguém sentasse no banco de novo seria punido com dois dias de prisão. Sinceramente não sabia que continuavam cumprindo essa ordem.

Às vezes uma antiga tradição é apenas um erro antigo, estava lendo sobre Paulo esses dias, ele era um judeu extremamente zeloso, “circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu” (Filipenses 3:5). Ele era tão zeloso com as tradições judaicas que o livro de Atos relata seus atos de perseguição aos cristãos antes de sua conversão. Já imaginou se Paulo ficasse apegado às tradições e ignorasse ao Evangelho de Cristo? Não deve ter sido fácil para Paulo, pois o cristianismo refutava muito dos ensinamentos que ele seguia desde criança. Ensinamentos que segundo as palavras de Jesus se aplicava à profecia: “Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens” (Mateus 15.9).

Por essa razão é que a Bíblia diz que a atitude dos bereanos era nobre: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo” (Atos 17:11). Não é pecado algum questionar algo, a Bíblia nos incentiva a fazer isso como no caso dos bereanos. A fé é uma certeza, certeza é uma resposta e resposta só existe se antes alguem fizer uma pergunta.

Às vezes somos como os soldados, cumprimos regras sem questionar acreditando que estamos fazendo o certo. Não estou dizendo aqui que devemos sair por aí nos rebelando contra tudo, mas que devemos saber o por que nós fazemos algo. Não podemos ficar igual robozinho só lendo os mesmo versículos que o pastor fala mas devemos ler a Bíblia com o contexto todo e principalmente com o coração aberto a Deus.

Que Deus abençoe
Lucas Lainetti

A parábola da bola

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:
– A bola é grená, disse um.
– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.

Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.

– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.

Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.

De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.

Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.

Autor: Ed René Kivitz

Cegos

OS CEGOS E O ELEFANTE

(História do folclore indiano)

Era uma vez seis amigos, todos cegos, que moravam na Índia – terra dos maiores animais da terra, os elefantes. Naturalmente, sendo cegos, os amigos não tinham a menor idéia de como era um elefante.

Um dia, estavam sentados, conversando, quando escutaram um grande urro.

– Acho que está passando um elefante pela rua – disse um deles.

-Então, é nossa chance de descobrir que tipo de criatura é esse tal de elefante – disse o outro.

E foram todos para a rua.

O primeiro cego esticou o braço e tocou a orelha do elefante.

– Ah! – disse para si mesmo-, o elefante é uma coisa áspera, espalhada. É como um tapete.

O segundo cego pegou na tromba.

– “Agora entendi”, pensou. “O elefante é uma coisa comprida e redonda. É como uma cobra gigante”.

O terceiro cego pegou uma perna do elefante.

– Bom, eu jamais iría adivinhar! – espantou-se. – O elefante é alto e forte, igual a uma árvore.

O quarto cego pegou ao lado da barriga do elefante.

– “Agora eu sei”, pensou. “O elefante é largo e liso, como uma parede”.

O quinto cego colocou a mão numa das presas.

– O elefante é um animal duro, pontudo, como uma lança – decidiu ele.

O sexto cego pegou no rabo do elefante.

– Ora, ora! – decepcionou-se. – Pode urrar bem forte, mas esse tal de elefante é apenas uma coisinha igual a uma cordinha fina!

Em seguida, sentaram-se juntos novamente, para conversarem, sobre o elefante.

– Ele é apenas áspero e espalhado, como um tapete! – disse o primeiro

– Não, nada disso: ele é cumprido e roliço, como uma cobra – disse o segundo.

– Não fale uma bobagem dessa! – rui o terceiro. – Ele é alto e forte, como uma árvore!

-Ah, nada disso – resmungou o quarto. – Ele é largo e liso, como uma parede.

-Duro e pontudo como uma lança! Gritou o quinto.

– Fininho e comprido, como uma cordinha – berrou o sexto.

E aí começaram a brigar. Cada um insistia que tinha razão. Afinal, cada um o havia tocado com suas próprias mãos.

O dono do elefante ouviu a gritaria e chegou perto para ver que confusão era aquela.

– Cada um de vocês está certo, mas cada um de vocês está errado também – falou ele.

– Um homem sozinho não consegue saber toda a verdade, só uma pequena parte.

Ontem eu acabei lembrando dessa historinha que ouvi quando era criança, esta fabula contém uma grande verdade sobre o comportamento humano, pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos, mas eu também me dei conta de outras coisas.

A primeira delas é que a Palavra de Deus também é assim, ela é tão vasta e rica, mas se pegarmos apenas uma parte dela e desconsiderarmos o todo, estaremos colocando uma imagem completamente errada na nossa cabeça.

A outra coisa é que quando nós tentamos entender a Deus somos como os cegos tentando entender o elefante. Assim como o elefante era grande demais para que os cegos o entendessem o apalpando, Deus excede todo o nosso conhecimento e não é possível caber em nosso entendimento Ele é grande demais para caber em nossa mente.

Lembrei desse versículo: “… oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus”.(Efesios 3: 17-19)

Do mesmo jeito que os cegos precisavam estar juntos para entender melhor o elefante, Paulo afirma na carta aos Efésios que ele ora para que eles “juntamente com todos os santos. possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento”. Logo, nós devemos estar juntos no amor em Cristo para nos aproximarmos de Deus, não discutindo quem é o dono da verdade mas admitindo que todos somos cegos mas precisamos conhecer a Ele.

Que Deus abençoe

Lucas Lainetti